

Autoridades sírias e drusos fecham acordo após confrontos
O governo de transição da Síria prometeu, nesta terça-feira (29,) aos líderes da comunidade drusa que vai julgar os responsáveis pelos confrontos entre forças de segurança e combatentes drusos que deixaram 14 mortos no subúrbio de Damasco.
Os confrontos ocorreram de madrugada, em Jaramana, subúrbio de maioria drusa e cristã localizado perto de Damasco, reportou a ONG Observatório Sírio para os Direitos Humanos (OSDH).
A violência foi desencadeada pela "circulação de uma gravação de áudio, atribuída a um cidadão druso, que continha insultos religiosos", acrescentou a organização. A AFP não conseguiu confirmar a autenticidade da gravação.
"Confrontos eclodiram em Jaramana quando forças de segurança e homens armados invadiram" o subúrbio, de acordo com a ONG. Entre os mortos estão sete drusos armados e sete membros das forças de segurança, informou o OSDH.
Os drusos são uma minoria que surgiu do islamismo e estão espalhados por Israel, Líbano e Síria. Rabih Munzer, representante druso na reunião entre membros dessa minoria e autoridades, informou à noite que um acordo havia sido fechado.
Consultado pela AFP, o texto determina que "os responsáveis pelo ataque sejam levados à Justiça". Segundo o Ministério do Interior, os confrontos opuseram "grupos armados" antes da intervenção das forças de segurança, que foram acionadas "para proteger os moradores".
Líderes religiosos drusos locais denunciaram "duramente o ataque armado injustificado contra civis inocentes em Jaramana" e pediram às autoridades sírias que assumam "toda a responsabilidade pelo ocorrido e pelo agravamento da situação".
O Ministério do Interior prometeu processar os homens armados envolvidos nos confrontos e confirmou que houve "mortos e feridos", incluindo membros das forças de segurança.
Desde janeiro de 2025, o poder na Síria está nas mãos de um governo de transição liderado pelo presidente interino, Ahmed al-Sharaa, líder da coalizão islamista que derrubou em janeiro o regime do presidente Bashar al-Assad, agora no exílio.
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T.Menon--MT